segunda-feira, 4 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO INCLUSIVA, UMA QUESTÃO CULTURAL E POLÍTICA

A inclusão educacional fundada pela dimensão humana e sociocultural visa juntamente com as famílias apoiar e acolher as necessidades educacionais especiais apresentadas por cada pessoa. Esta questão é calcada na Declaração Mundial de Educação para todos, onde defende uma educação destinada a satisfazer as necessidades de aprendizagem, o desenvolvimento pleno, melhoria da qualidade de vida e do conhecimento, a participação e transformação cultural da comunidade. Esses conceitos são aprofundados na Declaração de Salamanca que coloca como meta incluir todas as crianças, inclusive as com deficiências graves ou dificuldade de aprendizagem no ensino regular.
A partir dai surge então o conceito de “Necessidades educacionais especiais” referindo-se a criança e jovens que apresentam necessidades decorrentes de sua capacidade ou dificuldade de aprendizagem.
Trata-se de um conceito bastante abrangente no qual a escola não  deve projetar suas dificuldades nas crianças, devido ás inadequações ou limitações de uma metodologia, ou materiais de apoio, pois a escola nesta perspectiva precisa refletir sobre a sua prática e sobre seu projeto político pedagógico.
O movimento de inclusão defende uma política pública que vise a modificação do sistema, a estrutura, a organização e o funcionamento escolar, a fim de, proporcionar um melhor atendimento a todas as crianças, sem negar as deficiências e suas restrições,  por isso às diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica determina o atendimento nas classes comuns, porém com algumas adaptações em sua proposta pedagógica orientada pela política de inclusão.
De acordo com o documento o Plano decenal de educação para todos (BRASIL, 1993) e as diretrizes e estratégias e orientações para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais em creches e pré-escolas orientam a criação de programas de intervenção precoce em escolas ou instituições especializadas públicas ou privadas, estabelecendo convênios e parcerias com as áreas de saúde e assistência social, para avaliação, identificação das necessidades específicas, apoio, adaptações, complementações ou suplementações que se fizerem necessárias, tendo em vista o desenvolvimento das potencialidades e o processo de aprendizagem dessas crianças.

Educação infantil : saberes e práticas da inclusão : introdução. [4. ed.] / elaboração Marilda Moraes Garcia Bruno. – Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial,2006.


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