segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PERCURSO HISTÓRICO: DA SEGREGAÇÃO À INCLUSÃO

De acordo com o documento emitido pelo Ministério da Educação juntamente com a Secretária de Educação Especial, Saberes e Práticas da Inclusão de 2006 a deficiência sempre foi encarada historicamente e culturalmente com muita rejeição, discriminação e preconceito.
A educação de pessoas com necessidades educacionais especializadas nasceu de forma segregada e excludente. Na Europa surgiu por parte de filantrópicos e religiosos e tinha caráter assistencialista e terapêutico. Após algum tempo, nos Estados Unidos e no Canadá, surgiram propostas que davam atenção, preocupavam com moradia, alimentação dessa parte da população que até então era abandonada pela sociedade.
Na segunda metade do século XIX foram criadas muitas escolas especiais na Europa e Estados Unidos, sobre enfoque clinico e médico. Em meados do século XX foram criada as associações de pais de pessoas com deficiência física e mental. No Brasil foram criadas em meados do século XX as APAES e associação de Pestalozzi, com o intuito de reabilitar e educar.
A evolução cientifica propôs a elucidação de causas e consequências das patologias na segunda metade do século XX, ajudando a desmistificar as ideias errôneas sobre bem e mal que pairavam sobre os indivíduos que tinha alguma deficiência.
A Declaração Universal dos direitos humanos de 1948 juntamente com o movimento mundial de integração de pessoas com deficiência lutavam por igualdade de direitos educacionais para todos, o que contribuiu para a formação de classes especiais nas escolas do Brasil. Surgindo então a uma política educacional, afirmada pela Lei 4.024/61 com o intuito de incluir no sistema educacional a educação de excepcionais, termo utilizado na época.
Na década de 80 a educação de crianças com deficiência na escola ganhou força com o movimento nacional de defesa de direitos das pessoas com deficiências, que lutavam pela passagem do modelo de segregação para integração nas escolas, no trabalho e na comunidade, com base na igualdade e justiça social.
No âmbito da educação infantil e especial a democratização traz no geral a educação como direito social, rompe-se com seu caráter clinico, médico e terapêutico, passando para uma abordagem social e cultural, que visa enxergar a diversidade como fonte de aprendizagem.


Educação infantil : saberes e práticas da inclusão : introdução. [4. ed.] / elaboração Marilda Moraes Garcia Bruno. – Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial,2006.


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