De acordo com o
documento emitido pelo Ministério da Educação juntamente com a Secretária de
Educação Especial, Saberes e Práticas da Inclusão de 2006 a deficiência sempre
foi encarada historicamente e culturalmente com muita rejeição, discriminação e
preconceito.
A educação de pessoas
com necessidades educacionais especializadas nasceu de forma segregada e
excludente. Na Europa surgiu por parte de filantrópicos e religiosos e tinha
caráter assistencialista e terapêutico. Após algum tempo, nos Estados Unidos e
no Canadá, surgiram propostas que davam atenção, preocupavam com moradia,
alimentação dessa parte da população que até então era abandonada pela sociedade.
Na segunda metade do
século XIX foram criadas muitas escolas especiais na Europa e Estados Unidos,
sobre enfoque clinico e médico. Em meados do século XX foram criada as
associações de pais de pessoas com deficiência física e mental. No Brasil foram
criadas em meados do século XX as APAES e associação de Pestalozzi, com o
intuito de reabilitar e educar.
A evolução cientifica
propôs a elucidação de causas e consequências das patologias na segunda metade
do século XX, ajudando a desmistificar as ideias errôneas sobre bem e mal que
pairavam sobre os indivíduos que tinha alguma deficiência.
A Declaração Universal
dos direitos humanos de 1948 juntamente com o movimento mundial de integração
de pessoas com deficiência lutavam por igualdade de direitos educacionais para
todos, o que contribuiu para a formação de classes especiais nas escolas do
Brasil. Surgindo então a uma política educacional, afirmada pela Lei 4.024/61
com o intuito de incluir no sistema educacional a educação de excepcionais,
termo utilizado na época.
Na década de 80 a
educação de crianças com deficiência na escola ganhou força com o movimento
nacional de defesa de direitos das pessoas com deficiências, que lutavam pela
passagem do modelo de segregação para integração nas escolas, no trabalho e na
comunidade, com base na igualdade e justiça social.
No âmbito da educação
infantil e especial a democratização traz no geral a educação como direito
social, rompe-se com seu caráter clinico, médico e terapêutico, passando para
uma abordagem social e cultural, que visa enxergar a diversidade como fonte de
aprendizagem.
Educação infantil : saberes e práticas da inclusão : introdução. [4. ed.] / elaboração Marilda Moraes Garcia Bruno. – Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial,2006.
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